A fase de pré-venda do Cultecoin (CULTE) no Brasil se encerrou na sexta-feira e agora o primeiro token do país ligado ao agronegócio será oferecido a investidores estrangeiros antes de ser disponibilizado para negociação em exchanges.
Caio Prati Jobim
Cultecoin introduz produtores rurais ao universo das criptomoedas e distribui R$ 140 mil em tokens de graça
A fase de pré-venda do token no Brasil se encerrou na sexta-feira e agora o token passará por uma rodada fechada de ofertas a investidores estrangeiros.
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Token brasileiro ao agronegócio e à agricultura familiar, o Cultecoin (CULTE) encerrou sua fase de pré-venda na última sexta-feira e levantou mais de US$ 400.000 em sua fase inicial de desenvolvimento.
A Cultecoin é uma iniciativa da Culte, empresa que desde 2019 atua em apoio aos pequenos produtores rurais intermediando operações financeiras de acesso ao crédito e oferecendo-lhes serviços de conta digital, emissão de boleto, pagamento via cartão de crédito e antecipação de receitas.
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O Cointelegraph Brasil conversou com Bianca Ticiana e Claudio Rugeri, respectivamente CFO e CEO da Culte, para traçar as origens e os objetivos do projeto.
De aordo com os seus idealizadores, a Culte surgiu ao mesmo tempo de uma necessidade e de um desejo. A necessidade era dos agricultores de pequena escala do Brasil, sem acesso a instrumentos de crédito e à infraestrutura necessária para incrementar e comercializar sua produção.
O desejo da dupla de criadores do projeto, eles próprios produtores rurais estabelecidos no Maranhão, era facilitar a conexão entre as diversas pontas da cadeia de produção agrícola do país de forma direta, minimizando a participação de intermediários.
Embora a ideia para o Cultecoin esteja presente desde a gênese do projeto, a primeira iniciativa da dupla foi criar um marketplace para desenvolver um ecossistema do qual, posteriormente, o ativo digital viesse a se tornar o token nativo.
Assim, desde 2019, a Culte oferece aos agricultores os serviços de conta digital e microfinanciamento aos produtores de todo o país. Hoje, a Culte conecta mais de 2.000 agricultores de 20 estados, sendo que 30% são mulheres. Setenta por cento deles jamais havia tido acesso a crédito anteriormente.
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Em paralelo, o projeto da Cultecoin foi desenvolvido com vistas ao lançamento justamente no segundo semestre deste ano. O Cultecoin é um token de utilidade (utility token) BEP-20, baseado na Binance Smart Chain. Em um primeiro momento sua função primordial será intermediar negociações e facilitar o pagamento por taxas, produtos e serviços dentro do marketplace da Culte, além de poder ser utilizado como uma reserva de liquidez para os pequenos agricultores.
Futuramente, a ideia é que a blockchain do Cultecoin seja capaz de rastrear a origem dos produtos do produtor ao consumidor final e que o CULTE possa ser utilizado como moeda corrente da plataforma da empresa.
O CULTE terá um suprimento total de 210 milhões de unidades. Na fase de airdrops e pré-vendas, 10% do total foram postos no mercado. Em 13 de setembro, as pré-vendas foram iniciadas exclusivamente através do site do projeto, com cada unidade ao preço de US$ 0,05. Entre 18 de setembro e 13 de outubro, o preçou passou a US$ 0,07. E dali até o encerramento das vendas preliminares no fim da semana passada, a US$ 0,10. A partir de agora, o token será emitido e comercializado a uma taxa de 2% ao mês
Adoção
Embora as criptomoedas venham ganhando cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo desde o final do ano passado, Cláudio e Bianca não tinham ideia de como o projeto seria recebido no ambiente do agronegócio e da agricultura familiar.
O resultado é que a Cultecoin acabou servindo de porta de entrada ao mercado de criptomoedas para muitas pessoas até então distantes deste universo. Com base em uma estimativa informal, Bianca conta que para aproximadamente 70% dos investidores a Cultecoin se tornou o primeiro criptoativo de seus portfólios. Para alguns, segue sendo o também o único.
Para adquirir a Cultecoin, muitas destas pessoas tiveram que ser educadas para aprenderem a utilizar corretamente carteiras digitais como a MetaMask e a Trust Wallet. Futuramente, no entanto, a ideia é desenvolver uma carteira integrada diretamente ao marketplace da Culte para facilitar o acesso, o manejo e a realização de transações no ecossistema da plataforma.
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De acordo com os idealizadores do Cultecoin, mesmo agora quando a integração ainda não está completa, não é necessário ter total compreensão sobre a tecnologia sujacente às criptomoedas ou mesmo ter intimidade com investimentos financeiros para utilizar a Cultecoin. É mais importante que o token crie benefícios reais aos produtores e isto, por si só, vai favorcer a sua adoção, afirma Claudio.
Segundo Bianca e Claudio, a comunidade formada em torno do Cultecoin reúne tanto produtores ligados ao universo do agronegócio quanto investidores de criptomoedas que se sentiram atraídos pelo potencial da Cultecoin enquanto investimento. Hoje, há mais de 1.600 endereços ativos que detém o token.
Os próximos desdobramentos do projeto preveem a certificação do contrato do CULTE por uma auditoria externa já contratada e, em seguida, uma rodada de pré-venda fechada para investidores asiáticos. A partir do primeiro trimestre do ano que vem, a ideia é que o CULTE comece a ser negociado em exchanges e ajuste o seu valor ao livre mercado.
Além de estimular a economia do agronegócio e da agricultura familiar no país, o projeto da Culte tem como objetivo melhorar os indicadores sociais e ambientais da produção agrícola brasileira, contribuindo para que o país atinha os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
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Embora a pré-venda do CULTE esteja encerrada, a equipe do projeto anunciou mais uma rodada de airdrop que vai distribuir R$ 140 mil em tokens. Os interessados devem acessar o regulamento da promoção para ter acesso ao passo a passo e tornarem-se elegíveis ao recebimento do CULTE.
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